13 de nov. de 2010

1ª Vara realiza mais dois júris em Tefé

Mais dois réus foram a júri popular em Tefé. De acordo com o juiz da 1ª Vara da Comarca de Tefé, Cid da Veiga Júnior, a realização dos júris faz parte da meta II do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele disse que a intenção da 1ª Vara era julgar todos os processos de júri popular ajuizados até dezembro de 2007, mas que por muito pouco a meta não será alcançada. A ideia agora é, segundo o juiz, finalizar esses processos logo no início do próximo ano. “Tefé ficou muito tempo sem realizar júri e isso implicou em um grande atraso no julgamento desses processos, além das dificuldades inerentes a processos antigos”, explicou o juiz.
De acordo com o juiz até o final do ano serão realizados mais nove ou dez júris.

PRODERAM cria novas perspectivas para o Alto Solimões

 Uma ação inédita do Governo do Amazonas em parceria com o Banco Mundial (Bird) está redesenhando o cenário econômico e social do Alto Solimões, uma das regiões mais carente e isoladas do Estado, porém detentora de um riquíssimo patrimônio de recursos naturais. O novo caminho para promover a integração social e a geração de atividades econômicas atende pelo nome de Projeto de Desenvolvimento Regional do Estado do Amazonas para o Zona Franca Verde (Proderam) e tem como pilares intervenções nos setores de saúde, saneamento e desenvolvimento sustentável nos nove municípios da região, nos quais já estão sendo aplicados R$ 44.828 milhões.

O Proderam começou a ser executado em 2008, depois de intensas negociações que definiram, inclusive, a retomada da capacidade de financiamento internacional por parte do Estado. O projeto realiza ações integradas nas cidades de Tabatinga, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Amaturá, São Paulo de Olivença, Tonantins, Fonte, Jutaí e Santo Antônio do Içá.
Somente nas áreas de saúde e saneamento estão sendo beneficiados 93.853 mil pessoas em Tabatinga, Atalaia do Norte e Benjamin Constant. Cidades-pólo do Alto Solimões,Tabatinga terá reformada e ampliada a Unidade de Terapia Intensiva (UTI))do Hospital de Guarnição. Em Atalaia do Norte já estão em execução as obras de reforma do hospital com ala de maternidade, enquanto que na cidade de Benjamin Constant está sendo ampliado o hospital onde serão realizadas cirurgias.
Em todas as demais cidades da região estão sendo elaborados planos municipais de saneamento e projetos de engenharia para implantação, ampliação e melhoria no serviço de abastecimento de água.
O setor de Saneamento, especificamente, era tido como um dos mais críticos entre as demandas das cidades da região porque, embora sejam banhadas pelo rio Solimões, os municípios não tinham sistema básico de saneamento. A implantação desse serviço tem como objetivo universalizar o acesso à água e otimizar os sistemas de abastecimento nas sedes urbanas, nas comunidades rurais e comunidades dispersas.
Projeto de longo prazo, com financiamento no valor inicial de US$ 35 milhões, o Proderam desponta como uma solução viável para reverter as desigualdades sociais e promover o desenvolvimento econômico da região. O projeto cobre todo o Alto Solimões, uma área de 213 mil quilômetros quadrados onde está abrigada uma população de aproximadamente 230 mil pessoas.

Prédio da FVS em São Paulo de Olivença é reformado


(Foto: Prédio da FVS em SPO)

Uma parceria entre a prefeitura municipal de São Paulo de Olivença, através da secretaria estadual de saúde e a secretaria estadual de saúde culminou com a reforma e ampliação do prédio da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) no município de São Paulo de Olivença, região do Alto Solimões.
De acordo com o agente em endemias Glacimar Alves da Rocha, gerente do controle vetorial no município, além da sede da FVS, a obra contará com mais espaços, um para o setor de Educação em Saúde e outros onde funcionarão um laboratório de referência, além de um escritório para desenvolver as atividades preventivas de combate à dengue para a entomologia.
Malária e Dengue no município controladas
Apesar de não haver incidência de casos de dengue no município, Glacimar disse que a equipe da FVS tem tomado medidas preventivas de combate à doença. Segundo ele, a malária no município está sob controle.

Equipe do IDSM sobrevoa área atingida pela seca

(Foto: Ellen Amaral)
Uma equipe de cinco pessoas do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), sobrevoo, no dia 23/10 as áreas de Tefé, lago e cidade, Solimões, cabeceira do lago Urini, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã (RDS Amanã - região do castanho e cabeceira do lago), além da região do setor Coraci e rio Japurá, setores de Jarauá, Tijuaca e área do Mamirauá.
O objetivo foi registrar a seca e os ambientes de terra firma e várzea e fazer um documentário áudio visual da realidade presenciada pela equipe.
A proposta foi feita pela coordenadoria de pesquisas científicas.
Para o comunicador popular Marcos Lopes, o sobrevoo foi uma experiência rica e inesquecível. “É fantástico poder ver do alto acesso fechado, rios secos, transporte de moto em áreas que antes só era possível de embarcações. O contraste da abundância de água com a seca”, disse
Para o publicitário Thiago Antônio Figueiredo, no momento em que a seca tem batido esses recordes, poder ver o fenômeno a partir de um ângulo privilegiado e poder comparar o antes e agora é emocionante.

Acadêmicos da UEA de Tabatinga apresentam seminário sobre Embriologia



Alunos do 8ª período do curso de Biologia do Centro Superiores de Tabatinga, da Universidade do Estado do Amazonas, (CESTB/UEA), participaram de um seminário em álbum seriado sobre o desenvolvimento do embrião humano. A atividade fez parte da avaliação da disciplina de Embriologia. Além de nota parcial da disciplina, o seminário visou desenvolver nos futuros professores condições e instrumentos para que eles possam colocar em prática aquilo que aprenderam durante o curso, explicou Ana Fernanda Cabral.
Para David da Silva Artiago, que participou do mesmo grupo de Fernanda Cabral, o seminário foi uma oportunidade também para o aluno desenvolver a sua criatividade e aplicar em sala de aula quando faltar material didático.
Evelyn Santos Machado destacou a oportunidade de conhecer mais sobre as matérias do curso e sobre fundamentos como a dinâmica de grupo. “O seminário é um momento para desenvolver a parte teórica e prática do curso”, explicou.

Prefeitura de São Paulo de Olivença sai da lista dos inadimplentes

Administrar um município no Amazonas não é tarefa fácil para nenhum administrador. Mais difícil ainda é conciliar capacidade de administração e idoneidade, coisa rara no cenário político brasileiro. Com poucos recursos, os municípios, que na maioria do interior do Estado acabam sendo os maiores empregadores e consequentemente a principal fonte de renda da população se veem sem muita opção, pois a folha de pagamento dos funcionários absorve boa parte das receitas municipais. Aliado a isso, a política assistencialista adotada por muitos gestores municipais, além, claro, da aplicação inadequada de recursos públicos e até mesmo de desvios de verbas públicas deixam os municípios sem condições de honrarem seus compromissos financeiros. Com a ingerência desses recursos os municípios ficam impossibilitados de prestarem contas dos convênios assinados, aumentado dessa forma a lista do Cadastro de inadimplência (Cadin), deixando assim o administrador de mãos atadas, foi o caso de São Paulo de Olivença. Somente depois de quase dois anos na administração municipal, o prefeito Raimundo Nonato, PT, de São Paulo de Olivença conseguiu dar fôlego o município. "Não foi fácil, tivemos muitas dificuldades. Encontramos vários tipos pendências, desde 2001, problemas como prestação de conta de convênios com o município, por exemplo. Mas, graças a Deus, conseguimos limpar o nome do município e agora estamos prontos para correr atrás de projeto que venham beneficiar a população olivense.Para o prefeito, a adimplência do município representa um grande avanço para sua administração. "Isso é uma resposta a todas as pessoas que confiaram em mim e que me deram a responsabilidade de administrar São Paulo de Olivença.Ele informou ainda que algumas denúncias foram apresentadas ao Ministério Pública em função de irregularidades cometidas por gestões anteriores à sua.

Moradores do Mutirão pedem a conclusão da obra da prefeitura

(Foto na Rua Tamuana - Mutirão)

Os moradores da Travessa 1 e da Rua Tamuana, no bairro de Mutirão estão cobrando a conclusão da obra iniciada no local pela prefeitura municipal de Tefé.
De acordo com o morador Vinícius Fidélis, vigilante, a obra está beneficiando a comunidade, mas disse que está faltando concluir o serviço.
Maria da Silva dos Santos, 18, estudante, disse que concretagem da Travessa 1 trouxe grandes benefícios, sobretudo para as crianças, mas que a falta de uma tampa para cobrir a rede de esgoto coloca em perigo crianças e condutores de bicicletas e motos. “Ficou bom para as crianças. Só está faltando a tampa da rede de esgoto”, disse.
A prefeitura informou que em breve os serviços terão continuidade, mas não precisou a data de retomada das obras no local.

Desembarque na Emade onera valor do frete

Ajuda às comunidades só de helicóptero

A maior vazante registrada na calha do Solimões trouxe grandes conseqüências negativas para as populações ribeirinhas.
Sem outros meios de transporte, muitas comunidades situadas nas margens de pequenos braços de rios e lagos às margens do rio Solimões ficaram completamente isoladas. A mesma situação vive os ribeirinhos nas calhas dos rios Juruá, Japurá, Rio Negro e Amazonas.
Diante das dificuldades encontradas para atender as comunidades mais isoladas para a entrega de suprimentos, como na comunidade de Bacuri, no município de Tefé, a Defesa Civil foi obrigada a utilizar helicópteros do Exército e embarcações de pequeno porte para atender as famílias vítimas da estiagem.
A base montada em Tefé da Defesa Civil atendeu em torno de 12 mil famílias de sete municípios no médio Solimões, além do Juruá: Tefé, Alvarães, Coari, Fonte Boa, Jutaí e Uarini.
De acordo com o coordenador regional da Defesa Civil no Médio Solimões, Lafayette Mac Culloch, os municípios de Maraã e Japurá não foram beneficiados pela ajuda do governo porque não apresentaram a documentação e os procedimentos necessários para o benefício.
A ajuda humanitária incluiu cestas básicas, kits de remédios e de higiene pessoal. Os municípios de Tefé e Tabatinga ficaram como pólos de distribuição da ajuda para os municípios do médio e alto Solimões. Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre, substituiu a base de Eirunepé, que contemplou famílias dos municípios amazonenses de Boca do Acre, Envira, Guajará, Ipixuna e Itamarati, todos na região do Juruá.
Depois de quase um mês alojado no Corpo de Bombeiro, 24 horas a disposição da Defesa Civil, no aeroporto de Tefé, Lafayette Mac-Culloch, disse que ainda não havia concluído a primeira a entrega do material destinado aos municípios de Alvarães e Uarini.
Mac-Culloch afirmou que será necessária outra aeronave para a conclusão dos trabalhos, já que a primeira enviada pelo exército já cumpriu a carga-horária de voos. Segundo o coordenador, apesar das dificuldades, avaliou como um sucesso a operação de ajuda humanitária montada pela Defesa Civil do estado. “Graças ao exército brasileiro foi possível colocar em prática toda essa operação”, disse. Ele destacou ainda a ajuda da Força Aérea, da Infraero e do Corpo de Bombeiros em Tefé, além, de todo apoio dado pela Defesa Civil do estado.
Problemas menores, mas não menos graves sofreram também os comerciantes de Tefé. Sem poder entrar até a área de desembarque do município, a logística de embarque e desembarque teve que ser mudada para a Emade. A nova logística onerou o frete e o aumento de preço foi inevitável.
Jamel Braga Dorneles, conferente da embarcação M. Fernandes disse que com o desembarque na Emade o preço cobrado para o transporte de cargo ficou mais caro, porque, segundo ele, as embarcações são obrigadas a contratarem balsas ou outros tipos de embarcações para levar as mercadorias até a cidade.
Fotos: 1 - "Porto Emada, 2 - Lago de Tefé, 3 - Estrada no lago de Tefé a Nogueira