13 de nov. de 2010

Desembarque na Emade onera valor do frete

Ajuda às comunidades só de helicóptero

A maior vazante registrada na calha do Solimões trouxe grandes conseqüências negativas para as populações ribeirinhas.
Sem outros meios de transporte, muitas comunidades situadas nas margens de pequenos braços de rios e lagos às margens do rio Solimões ficaram completamente isoladas. A mesma situação vive os ribeirinhos nas calhas dos rios Juruá, Japurá, Rio Negro e Amazonas.
Diante das dificuldades encontradas para atender as comunidades mais isoladas para a entrega de suprimentos, como na comunidade de Bacuri, no município de Tefé, a Defesa Civil foi obrigada a utilizar helicópteros do Exército e embarcações de pequeno porte para atender as famílias vítimas da estiagem.
A base montada em Tefé da Defesa Civil atendeu em torno de 12 mil famílias de sete municípios no médio Solimões, além do Juruá: Tefé, Alvarães, Coari, Fonte Boa, Jutaí e Uarini.
De acordo com o coordenador regional da Defesa Civil no Médio Solimões, Lafayette Mac Culloch, os municípios de Maraã e Japurá não foram beneficiados pela ajuda do governo porque não apresentaram a documentação e os procedimentos necessários para o benefício.
A ajuda humanitária incluiu cestas básicas, kits de remédios e de higiene pessoal. Os municípios de Tefé e Tabatinga ficaram como pólos de distribuição da ajuda para os municípios do médio e alto Solimões. Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre, substituiu a base de Eirunepé, que contemplou famílias dos municípios amazonenses de Boca do Acre, Envira, Guajará, Ipixuna e Itamarati, todos na região do Juruá.
Depois de quase um mês alojado no Corpo de Bombeiro, 24 horas a disposição da Defesa Civil, no aeroporto de Tefé, Lafayette Mac-Culloch, disse que ainda não havia concluído a primeira a entrega do material destinado aos municípios de Alvarães e Uarini.
Mac-Culloch afirmou que será necessária outra aeronave para a conclusão dos trabalhos, já que a primeira enviada pelo exército já cumpriu a carga-horária de voos. Segundo o coordenador, apesar das dificuldades, avaliou como um sucesso a operação de ajuda humanitária montada pela Defesa Civil do estado. “Graças ao exército brasileiro foi possível colocar em prática toda essa operação”, disse. Ele destacou ainda a ajuda da Força Aérea, da Infraero e do Corpo de Bombeiros em Tefé, além, de todo apoio dado pela Defesa Civil do estado.
Problemas menores, mas não menos graves sofreram também os comerciantes de Tefé. Sem poder entrar até a área de desembarque do município, a logística de embarque e desembarque teve que ser mudada para a Emade. A nova logística onerou o frete e o aumento de preço foi inevitável.
Jamel Braga Dorneles, conferente da embarcação M. Fernandes disse que com o desembarque na Emade o preço cobrado para o transporte de cargo ficou mais caro, porque, segundo ele, as embarcações são obrigadas a contratarem balsas ou outros tipos de embarcações para levar as mercadorias até a cidade.
Fotos: 1 - "Porto Emada, 2 - Lago de Tefé, 3 - Estrada no lago de Tefé a Nogueira

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