18 de mai. de 2010

Moradores do Bairro de São José pedem socorro em Tefé


As ruas José Gadanha e Nuno Alves, bairro de São José estão sob completo abandono. Os moradores reclamam que falta iluminação pública e que, além de as ruas não terem as mínimas condições para o tráfego de veículos, a água só chega nos horários de 06:00 às 09:00 da manhã, quando chega.

Ali, logo cedo donas de casa disputam espaços para a realização de tarefas domésticas como lavar louças, roupas e dar banho em crianças. Em cada casa, os que não saem cedo se empenham na tarefa de abastecer os depósitos de água, porque depois das nove, água de novo só no outro dia.

A professora que preferiu se identifica apenas como C.R.A, mora no local há nove anos e disse que a situação nunca mudou. Ela disse que é lamentável que os moradores não disponham sequer de uma rede de distribuição de água, uma coisa tão básica para uma dona de casa. “Falar em calçamento na rua aqui é luxo, luz, só dentro de casa”, desabafa.

Para Maria Ângela Pinheiro, a rotina dos moradores é um sacrifício. “Aqui falta tudo. Quando chove nossas dificuldades se multiplicam, fica ruim para as crianças irem para escola, é perigoso para os idosos saírem até de casa”, explicou.

Jefermara Penha Lopes é outra que encara a rotina de carregar água para abastecer as vasilhas de casa.

Mãe mata filha afogada e é presa em Tabatinga



Está presa na Unidade Prisional de Tabatinga, Otília Vítor da Silva, 25 anos, mãe e ré confessa do assassinato da criança Jaíza Sebastiana Vítor da Silva de 1 ano e 1 mês que morreu no dia 20 de abril de 2010 por afogamento na Rua Tll, Bairro Dom Pedro I, em Tabatinga.
Otília que é moradora da cidade de Letícia-Colombia, era funcionária de um restaurante na mesma cidade e foi presa pela polícia colombiana e extraditada para o Brasil no dia 29 de abril de 2010, onde se encontra presa no presídio de Tabatinga.
Ela falou com exclusividade para o Jornal O Solimões, que o motivo que a levou a matar a própria filha foi a falta de dinheiro. Disse que a criança ficava na casa de sua comadre enquanto ela saia para trabalhar e que no dia do assassinato chegou na referida casa e viu que a criança estava machucada e sem comer, porque, segundo ela, a madrinha não dava comida para a criança por não ter dinheiro.
Ela alega que após ter sido expulsa de onde morava de favor e, segundo ela, sem ter para onde morar resolveu se livrar da filha de apenas 1 ano e 1 mês. Alegando ser mãe solteira e dizendo que o pai da criança nunca quis saber do bebê e que sem ter de quem pedir ajuda resolveu matar a criança. A mãe assassina procurou um terreno baldio onde viu um poço de aproximadamente 5 metros de profundidade com 3 de largura, pegou a criança pelos braços e jogou ainda viva. Ela confessou ter ficado olhando a filha morrer, e ao confirmar sua morte se retirou do local, para em seguida retorna a Letícia, onde foi trabalhar, como se nada tivesse acontecido.
Seguindo à pista mostrada na edição de nº 48 do jornal O Solimões, onde informa que a mãe assassina foi vista por uma testemunha do crime, a polícia conseguiu localiá-la e prendê-la.
Durante toda a entrevista ela não transpareceu em nenhum momento qualquer indício de arrependimento por ter assassinado sua filha e mostrou calma e frieza o tempo inteiro.
Por Willyane Freitas
Da equipe ‘O SOLIMÕES’

Tragédia em Benjamin Constant: duas crianças morrem em incêndio


No dia 21 de abril de 2010, um incêndio em uma casa que na Rua São Francisco, fundos no bairro Coabam/Umarizal, terminou em tragédia para os pais das crianças Sabrina Tapudima Ferreira de 6 anos e João Vítor Tapudima de Araújo, de 2 anos.
O sinistro aconteceu por volta das 21:30 h, onde Ecicleide Cardoso Tapudima, mãe das crianças os fez dormir para em seguida se encaminhar para a casa de sua mãe a fim de guardar uns peixes em sua geladeira, já que a sua casa sofria, naquele momento, queda de energia elétrica. Ela relatou que acendeu uma vela no fundo de uma panela e saiu.
A perceber a fumaça e ver a casa em chamas, a avó materna Raimunda Mendes Cardoso ficou desesperada vendo o incêndio e entrou na casa junto com a mãe das crianças para tentar um resgate, mas era tarde, o fogo já havia consumido o pequeno compartimento e as crianças já estavam mortas. A avó está com queimaduras por boa parte do corpo, na tentativa de salvar os seus netos.
O pior disso tudo é que no bairro não há água canalizada e os vizinhos tiveram que tirar água da cacimba para apagar as chamas.
O pai das crianças, Denilson Ruiz de Araújo, disse que não estava no local, pois tinha saído para pescar e que ao retornar só encontrou desolação, pois viu os seus filhos mortos e sua casa que estava sendo construída com tanto sacrifício no quintal de sua sogra toda destruída, a desolação da família é muito grande com a perda das crianças.
“Tudo que me restou foi a dor da perda dos meus filhos e no mundo vai fazer superar essa dor”, disse a mãe das vítimas.
No final do ano passado um incêndio de grandes proporções incendiou boa parte do centro comercial de Benjamin Constant. O município não dispõe de Corpo de Bombeiros .
Por Willyane Freitas
Da equipe ‘O SOLIMÕES’

13 de mai. de 2010

Orgulho Tefeense ferido: Desmoronamento em Tefé


A obra de recuperação de espaço e paisagem na frente de Tefé, que trazia o nome “Orgulho de ser tefeense” não resistiu às fortes chuvas dos últimos dias e acabou desmoronando. Pelo menos quatro motos ficaram soterradas no desmoronamento da obra. “A sorte é que hora do incidente chovia muito e ninguém passava pelo local, senão poderia ter havido uma tragédia”, relatou uma testemunha.
A Polícia Militar fez o isolamento e a interdição da área. O município não possui corpo de bombeiros e a Defesa Civil só existe no papel. Ninguém ficou ferido. Dezenas de curiosos se aglomeravam no entorno do local para ver o que tinha acontecido.
O secretário de Obras, Márcio Cunha não quis se manifestar sobre o desmoronamento da obra. Disse apenas que gostaria de avaliar melhor a situação do local.
Houve também um trecho da Estrada da Emade rompeu evidos às fortes chuvas. A prefeitura improvisou e o local está sendo trafegado pelos usuários da pista.

Pacto de reorganização dos serviços de saúde de Tefé


Uma iniciativa do governo federal em conjunto com o Estado e os municípios está tentando reorganizar os serviços de saúde, através do Pacto de Reorganização dos Serviços de Saúde.
Em Tefé, o pacto foi assinado na sexta-feira, dia 30/04, no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, SENAC, na presença da nova secretária de Saúde, a bacharel em Direito Cláudia Maria Mendes de Oliveira, entre vários outros profissionais e coordenadores de programa de saúde do município.
De acordo com a secretária, a assinatura do pacto representou um momento de reestruturação do sistema, um momento novo da administração, onde, segundo ela, o Estado está se mostrando presente e parceiro do município e que a ideia é desenvolver um trabalho de forma integrada, onde o responsável por cada setor possa assumir o compromisso junto ao gestor e à secretaria, fim de que as equipes possam atingir as metas do município e ajudar Tefé a se tornar um centro de excelência em saúde.
De acordo com Sandra Cavalcante Silva, Coordenadora Estadual de Saúde da Mulher, que participa como colaboradora técnica do pacto, o evento foi para formalizar o pacto e que a ideia é criar um plano municipal de reorganização da rede de saúde no município.
Sandra explicou que em cada serviço há uma pessoa responsável por um determinado setor e que as ações integradas desses setores, sejam nos serviços gerais, direção do hospital, administrativo, na área da atenção básica, por exemplo, as pessoas que são responsáveis pelos programas como saúde da mulher, saúde da criança, imunização e outros vários existentes dentro da própria secretaria de saúde fará com que essa rede funcione dentro daquilo que se esperou.
Depois de assumir a pasta da secretaria de cultura do município, desde o início do segundo mandato de Sidônio Gonçalves, Cláudia Mendes, que coordenou a campanha de reeleição do atual prefeito de Tefé, disse que fazer saúde no Brasil é muito difícil e que no interior do Estado é mais difícil ainda, mas se mostrou otimista na condução da nova pasta.

Mistério: Preso é morto na Delegacia Civil


A morte do protético Oscar Meireles Amora, 41, virou um grande mistério para sua família e toda sociedade tefeense. Preso no início da noite de sábado, por volta das 19:00 h, por atentado violento ao pudor, de acordo com o Boletim de Ocorrência, BO, da Polícia Militar, Oscar, teria se suicidado com a própria camisa pouco depois de levado à cela da Delegacia de Polícia Civil. Os familiares teriam sido avisados do suicídio do preso por volta das 22:00 h. O suicídio, entretanto, é questionado pela família da vítima e motivos ela tem de sobra para questionar a polícia e contestar a causa da morte, porque além do corpo da vítima apresentar diversos hematomas e suspeitas de agressão, o laudo do médico legista apontou a causa da morte como traumatismo craniano, devido ação contundente, o que, segundo a família, desmente a versão de suicídio.

O Delegado de Polícia Civil, em exercício, Gerson Lima, disse que a vítima poderia ter provocado a lesão batendo com a cabeça em alguma parte da cela e citou que em outra ocasião, ao ter sido preso em uma festa, a vítima teria feito isso para tentar comprometer a ação da polícia. A prisão foi confirmada por um irmão da vítima, mas ele negou que o incidente tivesse acontecido, porque, segundo ele, na época em que o irmão foi preso, ao sair da cadeia havia apenas hematomas de uma pancada no braço, segundo o irmão, sofrida pela ação de um policial e que, segundo ele, não havia nenhum vestígio de lesão na cabeça. O guarda municipal que estava na noite da primeira prisão confirmou a versão do delegado dizendo que os colegas que dividiam a cela com Oscar gritaram ao perceber que ele batia a cabeça contra a parede e que a ação do preso teria sido inibida em seguida.

A versão do delegado em exercício de que o preso poderia ter ocasionado o ferimento na cabeça, na opinião da família, se esvazia na informação da própria polícia, pois o sargento Leonildo Fragoso afirmou que não foi encontrado vestígio de sangue na cela. Ainda de acordo com Gerson Lima, a própria polícia civil teria solicitado a necropsia, o que, segundo a família não é verdade porque, de acordo com os familiares, o pedido da necropsia teria sido feito pela família e não pela polícia.

“Se o meu irmão foi morto por suicídio, por que a polícia não se preocupou em registrá-lo enforcado como eles alegam tê-lo encontrado? Por que a polícia se preocupou em colocá-lo em uma urna? – será se eles queriam esconder alguma coisa? Será se eles achavam que nós iríamos aceitar a versão de suicídio como verdadeira e enterrar o nosso irmão sem fazer uma observação no corpo e uma necropsia para avaliar a causa da morte?”, questionou uma irmã da vítima.

De acordo com Gerson Lima a ação de tirar o corpo do local do enforcamento teria sido na tentativa de prestar socorro, mas que em seguida se notou que o preso já havia falecido e que só então foi feito o registro fotográfico e solicitado o S.O.S. Funeral do serviço de Assistência Social do Hospital. A versão do delegado se confirma na versão do Guarda Municipal Elbio Oliveira de Pinho. Ele confirma que na hora da troca de serviço com o colega J. Fonseca o mesmo teria ido confirmar a situação passada pelo colega e que no momento que observou a cela de Oscar ele estaria enforcado e que na tentativa de uma possível tentativa de resgate teria tirado o preso da situação de enforcamento. Ele é taxativo em dizer que a polícia entregou o preso com plena integridade física e descartou a possibilidade de homicídio por parte da polícia. “A guarnição entregou o preso e eu o conduzi até a cela e só fomos observar o Oscar quando outra guarnição chegou com outro preso”, disse.

O motorista da viatura do Serviço S.O.S. Funeral, Antônio Marques disse que a polícia não se mostrou preocupada em colocar o morto em uma urna e que ele teria ido até a delegacia, após saber do óbito, para saber se era para levar a urna ou não e que obtendo a resposta positiva da polícia teria levado-a e conduzido o corpo até o hospital.

O funcionário da Ação Social, Jansen Litaif disse que o serviço de S.O.S. Funeral é para atender famílias carentes que não tenham condições de custear as despesas de funeral e que nesse caso ou a viatura da polícia ou uma ambulância deveria ter sido usada para conduzir a vítima até o hospital. Disse ainda que a função do S.O.S. Funeral é conduzir o morto do hospital para o local do velório ou do velório para o cemitério. O funcionário informou ainda que em um caso recente o serviço foi usado para remover uma vítima de suicídio, porque, segundo ele, teria sido para atender um pedido da família e na presença da polícia.

Procurado por nossa equipe de reportagem, o Cel Marque James Frota, Comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar disse que soube do caso ainda em Manaus, onde se encontrava a serviço e que logo que tomou conhecimento dos fatos solicitou ao seu substituto que tomasse as providências cabíveis.

Segundo o Coronel, todas as medidas estão sendo tomadas para que os fatos se esclareçam. “Corregedoria será acionada em Manaus para que alguém possa vir ao município e esclarecer os fatos para a comunidade. Assim como a população, o Comando da PM também deseja o esclarecimento dos fatos e se ficar provada a culpa de algum PM, certamente ele será punido”, destacou.