6 de ago. de 2011

Semana marcada por práticas criminosas em Tefé


O velho golpe funcionou
“Você ganhou um carro zerado e uma casa no valor de R$ 120 mil, mas para receber precisa depositar pelo menos mil reais”.
“Estou com um Juiz e um Procurador de Justiça, preciso que você coloque uns créditos nesses números de celular e eu já volto para pagar”. Esses são alguns dos golpes que, apesar de antigos, funcionaram em Tefé e deixaram algumas pessoas com a corda no pescoço.
O golpe é feito através de contato por celular ou por intermédio de outra vítima no crime, caso dos créditos de celular.
Procuramos algumas vítimas desse tipo de crime, mas elas preferiram não aparecer, pediram apenas para que as pessoas fiquem atentas às propostas vantajosas que alguém possa receber por telefone, e-mails, salas de bate papo ou outros meios. “Não gostaria de ver alguém sofrendo o que eu sofri”, afirmou uma vítima.
Falso advogado é preso
Moisés Monteiro Rodrigues, 32, foi preso depois de ser acusado de tentativa de estelionato. Ele estava hospedado no Hotel Panorama, se passou por um advogado e, às vezes, como engenheiro e tentou aplicar o golpe no comércio local.
Sonho acaba em frustração
Com as promessas de facilidade na aquisição de bens móveis e veículos os consórcios de dinheiro e motos sempre foram alternativas buscadas pelas classes médias e baixas. Mas o que parecia um meio fácil para realização de um sonho de consumo ou de uma necessidade mais imediata, para algumas pessoas a alternativa virou uma grande frustração e o que seria uma oportunidade de aquisição virou um caso de polícia.
Prática antiga em Tefé, é fácil encontrar alguém que já foi lesado em consórcio de dinheiro. O negócio normalmente é feito na base da confiança de quem realiza, sem nenhuma garantia para os consorciados. Mas há no município experiências de consórcios de dinheiro que deram certo e até hoje mantém satisfeitos os seus participantes, nunca tendo causado qualquer prejuízo aos seus consorciados, apesar da informalidade dos negócios.
Recentemente entrou em evidência a modalidade “Ganhou Quitou”, nessa modalidade os consorciados pagam um valor estipulado pelo consórcio, normalmente em grupos de 48 pessoas, após o sorteio o consorciado contemplado leva o bem ou dinheiro sem precisar pagar o valor total do bem e é aí que mora o perigo. O advogado Elias dos Santos, nome fictício alerta para o risco que a pessoa corre, caso a empresa que oferece o consórcio não tenha uma estrutura que a permita dar continuidade às atividades propostas ao cliente.
A autônoma Maria Luzia do Nascimento Pereira não esconde o arrependimento em ter entrado em um grupo. Apesar da renda baixa, ela se arriscou em um valor alto: R$ 10 mil, pagando R$ 20,00 por dia, totalizando R$ 600,00 por mês. O sonho da autônoma de ganhar R$ 10 mil acabou em prejuízo e o caso foi para na delegacia, com ela, pelo menos mais 25 pessoas conhecidas da vítima foram lesadas em um consórcio na nova modalidade.

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