18 de abr. de 2011

Hospital Regional de Tefé: A máquina do medo


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Hospital Regional de Tefé
 Óbitos mal esclarecidos, acusação de omissão e erro médico. É esse o quadro atual do Hospital Regional de Tefé. Em menos de três meses uma enxurrada de denúncias tem questionado as promessas de melhoria da saúde no município e a atuação da Secretária de Saúde Nalu Celani e de seu esposo, o médico José Rodrigues, agora diretor do Hospital Regional de Tefé (HRT).
José Rodrigues, que é proprietário de uma Clínica Particular em Tefé, fazia uso de bolsas do Banco de Sangue da rede pública, sem, entretanto, possuir qualquer convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS). A fraude foi descoberta pela então diretora do HRT, a nutricionista Alzira Portela, que na época, teria tomado as medidas cabíveis. Como o médico está na direção e tem um funcionário de sua confiança no Hemocentro, terá toda liberdade para voltar a cometer o erro do passado.
Mas os problemas do Hospital Regional vão muito além de erros administrativos. O pior deles é a situação que envolve diretamente seus pacientes. Em caso recente o casal Silfarney Almeida da Silva, agricultor, 23 e a esposa Célia Magalhães, 23, residente na comunidade de Catuá viveu o drama da saúde no município. De acordo com relato do casal, o médico que teria feito o exame de ultrassonografia  não observou, não adotou o procedimento correto ou não teria dado importância ao caso, já que no resultado da ultrasson havia indicado uma anormalidade nos batimentos cardíacos do bebê. Segundo o casal, a observação do problema teria sido feita por outro médico, que teria perguntado se o colega de medicina não teria informado o casal sobre o problema.
Crianção com lesão na cabeça após cirurgia
De acordo com o médico Pediatra, que atua em Manaus, Carlos José da Silva, nome fictício, o caso do bebê se tratava de Sofrimento Fetal e, segundo ele, um parto cesariana teria de ser realizado de imediato. “O procedimento poderia até não salvar a criança, mas seria a medida correta”, destacou. Segundo o médico, dependendo do caso, a chance de o bebê sobreviver após uma cirurgia que envolve sofrimento feral chega até a 99%, dependendo sempre do estado de maturação do feto, que no caso era praticamente de 36 semanas.

O que é o sofrimento fetal?

 

O sofrimento fetal é um problema causado pela falta de oxigênio no sangue do bebê, e que pode ocorrer durante ou antes do parto. Usualmente surge durante o parto, e é diagnosticado quando o ritmo cardíaco do bebê se torna instável. Se existir sofrimento fetal antes do parto, então a solução usualmente é o parto, dependendo sempre do estado de maturação do feto.
Outro caso, não menos grave, envolveu o filho da menor VLA, 17 anos, moradora do bairro São Francisco. De acordo com o pai de VLA, o repórter cinegrafistas Manoel Altair Lopes de Almeida, o Pit Bull, sua filha teria sido submetida a um parto cesariana e que durante o procedimento médico o bebê teria sofrido uma lesão no couro cabeludo provocado pela incisão na hora do parto. “Eles não tiveram a consideração nem de comunicar o que havia acontecido com a criança, tentaram esconder o erro do médico”, disparou o pai da menor.

Apesar da observância do corte, a criança sofreu pontos sem um procedimento básico, a Tricotomia, que é a retirada dos pelos antes de uma cirurgia através de uma lâmina cirúrgica ou de barbear.

De acordo com o pediatra Carlos José da Silva, a tricotomia deveria ter sido feita no caso do bebê.

O médico que realizou a cirurgia, identificado apenas como Marcelo, não possuiu CRM e usou o CRM do colega para assinar o receituário da paciente. O médico Armando Juan H. Menacho teria “emprestado” o CRM para o colega. Menacho está viajando, de acordo com informação de um funcionário do hospital.

Em três tentativas de falar com o diretor do Hospital Regional, o médico José Rodrigues não foi encontrado para se manifestar sobre o caso. O médico Marcelo também não foi localizado. A chefe de recursos humanos se recusou a fornecer o nome completo de Marcelo e disse que cumpre ordem da direção. O dado só seria possível se solicitado por escrito.

A família está processando o médico.
De acordo com a titular da Delegacia da Mulher, a advogada Juliana Tuma, o médico poderá responder por exercício ilegal da medicina e lesão corporal resultante de erro médico, cujas penas são respectivamente de detenção de 6 meses a 2 anos e de 2 meses a 1 ano, com causa de aumento de pena de mais um terço da pena.

5 comentários:

  1. papi você nao tem competencia para adminstrar Tefé,pede pra sair logo.

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  2. PORQUE SERÁ QUE ESSAS MATÉRIAS NAO SAO DIVULGADAS PELO BLOG DO BABALÚ E BLOG DA FLORESTA,ELES SE DIZEM TAO PREOCUPADOS COM A SITUAÇÃO DE TEFÉ,SERÁ QUE SAO MERCENARIOS E RECEM ALGUM PAGAMENTO DA PREFEITURA,PARA SÓ FALAREM BEM DO PREFEITO,PRECISAMOS VERIFICAR ESSES LOBOS EM PELE DE CORDEIRO

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  3. Raifran o nepotismo está imperando na prefeitura,o filho,a mae,os irmãos e irmãs do prefeito estao todos empregados,onde estao os vereadores para fiscalizarem isso.

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  4. até quando vamos viver esse drama em nossa cidade,médicos sem crm,tudo isso é o reflexo de um administrador sem pulso firme,virou marionete de terceiros.

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  5. vc conhce o eca, pois é
    ele proibi o uso de imagens de qq criançamesmo com a autorização dos pais..é crime...

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