10 de mar. de 2011

Passaredo voa vazia para Manaus

No ano passado Márcio Rocha Melo, presidente da HRT Petróleo veio a Tefé, reuniu com o executivo municipal, com o legislativo e chamou a comunidade para mostrar quais eram os planos de sua empresa para a Bacia do Solimões, em um plano de ações de 5 anos, no qual Tefé está inserido.
Entusiasmado e com um jeito que o diferencia como executivo Márcio Melo disse que a exploração de gás e petróleo na região deverá durar bastante tempo.
A HRT Comprou as concessões de exploração da Argentina Petra, através da Agência Nacional de Petróleo (ANP). A área de exploração é de 50 mil mk2, o equivalente a 50% do que pertencia à empresa Argentina.
A HRT estima investir U$$ 3 bilhões na exploração de gás e petróleo na Bacia Amazônica. No mercado de ações, a empresa goza de um crescimento nada mais nada menos que 56%.
Na da época da visita ao município, Márcio Melo prometeu construir um centro de excelência de saúde em Tefé, incluindo uma unidade de terapia intensiva, dotar o hospital de Tefé com os melhores médicos e equipamentos para servir seus contratados e a comunidade tefeense.
O raciocínio do empresário é simples, Tefé é pólo e o deslocamento para Manaus é inviável.
Perguntado sobre o que a população poderia esperar da HRT, o Márcio Melo foi taxativo em dizer: trabalho duro, dedicação, respeito e progresso. “Quando for necessário e onde for necessário emprego e desenvolvimento, desde que justificado”, declarou.
A Geo Quasar, contratada da HRT está fazendo uma radiografia do subsolo na área de exploração da HRT. A empresa já emprega cerca de 500 funcionários, na maioria tefeense, entre a base de operações e o escritório na sede do município.


Aeronave da Passaredo no pátio do aeroporto de Tefé
 
Diariamente, de segunda a sexta um voo da Passaredo, uma aeronave do tipo Brasília, com capacidade para 80 passageiros passa por Tefé levando passageiros para as áreas de atuação. Ao retornar para Manaus a aeronave segue vazia. Talvez esteja faltando o município colocar em prática a palavra Parceria que sempre norteou o discurso do ainda candidato e agora prefeito Jucimar Veloso. Para o empresário que se dispôs a pronunciar a palavra dedicação por parte de sua empresa, enquanto o Centro de Excelência não sai, ocupar os acentos de um voo que volta vazio para a capital com os munícipes que compartilham a sua riqueza quem sabe não seja o início de um benefício de uma exploração que a população gostaria também de se beneficiar, inclusive voando, ainda que seja de carona, se livrando do preço exorbitante que obriga quem pode e quem não pode pagar para ir até Manaus.

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