Tudo caminhava conforme o casal planejava até a esposa entrar na lista das centenas de pessoas que já contraíram a Dengue.
“Na quinta-feira pela manhã ela estava sentindo dores fortes nas costas, sentia tonturas, tinha crise de vômitos e acabou desmaiando”, relatou o marido. Segundo ele, por volta das 14:00 horas foi ligado para o Hospital Regional solicitando uma ambulância, que teria chegado ao local por volta das 15:00 horas, com o motorista, mas sem nenhum enfermeiro. “Minha mãe acompanhou-a até o hospital e ao dar entrada, ali não houve atendimento médico. Minha esposa reclamava de fortes dores e precisava deitar-se, porém, o hospital não disponibilizou nenhum leito, depois uma paciente cedeu o seu leito para minha esposa”, relatou.
Messias afirma que por volta das 16:00 horas uma enfermeira aplicou soro e colocou oxigênio na esposa e que por volta das 17:20 presenciou os seguintes procedimentos: o médico, Sandro Munhoz compareceu à porta, deu apenas uma olhada de longe, perguntou o que ela estava sentido e que o esposo teria respondido que a esposa estava com fortes dores nas costas e que não estava mais suportando as dores. O médico retirou-se do local e que teria surgido uma enfermeira para aferir a pressão arterial da paciente, que naquele momento era de 10/5. Logo em seguida veio outra enfermeira para aplicar uma injeção. Perguntei que medicamento seria aquele e ela respondeu que era Dipirona. “Depois disso aplicou mais duas injeções (diclofenaco). Em seguida minha esposa começou a suar frio, sentir falta de ar e pedir socorro. Fomos chamar o médico, que demorou uns três minutos a atendê-la. O médico que apareceu no local já era outro que não sei dizer o nome. Ele começou a fazer massagem cardíaca em minha esposa, aplicaram mais injeções de adrenalina e o desfibrilador. Naquele momento minha esposa faleceu. Fomos procurar o médico que fez o primeiro atendimento, mas o mesmo não se encontrava mais no hospital”, relatou.
A família reclamou ainda que o atestado de óbito e o prontuário de atendimento foram assinados por um terceiro médico que não participou do atendimento, José Rodrigues de Melo e que o médico que teria atendido Rosiane não teria CRM (registro no Conselho Regional de Medicina).
O médico confirmou que assinou o atestado de óbito para facilitar os procedimentos funerais da vítima, mas não se manifestou sobre o prontuário porque disse que não foi ele quem atendeu a paciente e que também por essa razão não iria se manifestar sobre o caso.
Procurada por nossa equipe, a Secretária de Saúde do Município, Nalu Celane Pinheiro confirmou que o médico que atendeu a paciente não tinha o CRM (registro obrigatório para o exercício da medicina), mas que ele já teria dado entrada no registro e que ele possui um protocolo que o autoriza a exercer a profissão.
Ainda de acordo com a secretária, no dia do ocorrido, ela estaria em Manaus participando de uma pactuação com equipes do Governo do Estado e do Ministério da Saúde e que ao chegar em Tefé reuniu com todos os funcionários que participaram do atendimento da paciente. Ela afirmou ainda que a paciente teria passado pela triagem e que o medicamento aplicado teria sido recomendado porque o médico se encontrava atendo outros pacientes. A família contesta a versão da diretora sobre a triagem.
“Há informações de que essa paciente já chegou com “choque”, desidratada e muito debilitada”, disse. A secretária afirmou ainda que provavelmente a paciente veio a óbito por Dengue Hemorrágica e que a família teria demorado a levá-la ao hospital.
No atestado de óbito a causa da morte é definida como Choque Hipovolêmico e Desidratação.
A confirmação do óbito será atestado, de acordo com a secretária, depois da análise minuciosa dos procedimentos e informações dos funcionários, pois no momento do óbito não havia sorologia no hospital e que o sangue coletado para análise teria sido extraviado.
O comando da 16ª Brigada não quis se manifestar sobre o caso, mas informou que está dando todo o suporte necessário para o esclarecimento dos fatos. Um encontro do General Pedro Antônio Fioravante com o Juiz de Direito da 1ª Vara do Fórum de Justiça de Tefé foi confirmada na última quinta-feira, dia 24/02.
O soldado está recorrendo à justiça e disse que exige esclarecimento sobre a morte de sua esposa.
“Ela entrou andando e saiu morta depois de três horas. Algo de errado aconteceu”, reclamou.
acorda PAPI, tu não és mais candidato, desse do palanque e comesse a governar se não tu vais se ferrar.
ResponderExcluirEssa morte revela o descaso com a saúde de Tefé. Senador Eduardo Braga de olho no dinheiro de Tefé. Te cuida Papi!
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